quinta-feira, 19 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Mudanças Climáticas Alteram o Ciclo do Carbono


Acredito que hoje em dia todo mundo já ouviu falar em ciclo do carbono, em toneladas de carbono equivalente, em sequestro de caborno e coisas do gênero. Mas poucos sabem como funciona o ciclo do carbono.

O equilíbrio dinâmico que o clima da Terra alcançou, após centenas de milhões de anos, estava ligado a um ciclo do carbono relativamente regulado. Era como se existisse um "mágico-malabarista", que o fazia passar do estado sólido ao gasoso, da biosfera e dos oceanos à atmosfera. Esse processo, porém, foi desestabilizado pela Revolução Industrial, que precisou da combustão de matérias fósseis carbonáceas, como o petróleo, o carvão e o gás dito natural, para prosperar.

Assim, despejaram-se bilhões de toneladas de carbono (CO2), presas sob os solos e os aceanos, na atmosfera, modificando drasticamente as quantidades envolvidas no ciclo. Bilhões de anos foram necessários para a sua fossilização, porém, não mais do que algumas décadas para essa mudança radical.

Felizmente, o nosso "mágico-malabarista" tem alguns truques para compensar um pouco o desequilíbrio: a biosfera - composta por vegetação, solos e oceanos, imensos reservatórios de CO2. Esses meios absorvem o CO2 da atmosfera para integrá-lo ao solo, ou precipitá-lo em carbonatos. Fazendo isso, já assimilam quase metade das emissões antrópicas. Por isso esse processo é chamado de "sequestro de carbono".

Mas - infelizmente sempre tem um "mas" - existe um problema ligado a essa jogada: a quantidade retida nos oceanos está diminuindo por causa do aquecimento global. Estima-se que o aumento das temperaturas dos oceanos reduza a capacidade de sedimentação, diminuindo, quando não suprimindo totalmente, as correntes oceânicas responsáveis pelo depósito de sedimentos, como na Groelândia e no Pacífico.

E, pra complicar ainda mais esse quadro, o desmatamento das florestas tropicais, a superexploração da agricultura e pecuária e o avanço do concreto no processo de urbanização, reduzem ainda mais o papel compensatório da biosfera. E não podemos deixar de citar a contribuição da desertificação, crescente por causa do aquecimento global, particularmente na África e no Nordeste do Brasil.


A foto acima foi feita na COP15, em Copenhague, e mostra a representação de 1 tonelada de CO2.

A biosfera possibilita uma margem de manobra no controle das nossas emissões de CO2, mas de forma limitada. Estima-se que ela possa reciclar naturalmente entre 3 a 4 gigatoneladas (bilhões de toneladas) de CO2 por ano. Essa quantidade é suscetível de mudanças decorrentes da alteração do ciclo e da exploração humana na biosfera. Logo, não podemos apenas contar com sequestro natural de CO2 para resolver o problema climático. Ou seja, a única solução concreta é reduzir as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa (GEE) na fonte, processo este conhecido como mitigação das emissões, respeitando a margem de 3,5 gigatoneladas que a biosfera nos possibilita.

Essa mudança de postura deve ser geral, onde cada um de nós deve assumir o seu papel e não esperar que as empresas descasquem sozinhas esse abacaxi. O ser humano é parte integrante do ciclo de carbono de forma ativa e passiva, embora, ao que parece, muitos ainda não tenham tomado consciência disso. Claro, enquanto sociedade, evoluímos muito em relação a questões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade, mas ainda muito pouca gente evoluiu nesse sentido. Por isso é muito importante a troca de informações, a discussão sobre o tema e, principalmente, a adoção de práticas de consumo consciente, que será tema de um dos próximos posts.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sexta-feira 13 de agosto...


Sexta-feira, 13 de agosto. Muita gente teme esse dia, tido como o dia do azar! Pra mim, é mais um dia em que temos a chance de fazer o melhor.

Não acredito em azar ou sorte, nem tenho medo da morte. Tudo o que acontece conosco é fruto das nossas ações e escolhas. Fé em Deus e em si próprio nos faz viver sem medo, principalmente de errar. E isso é muito bom!