quinta-feira, 27 de maio de 2010

Maratona da Masturbação


Pois é meus caros, a galera inventa cada uma!

Mas, se você não tem programa pra esse fim de semana, ainda dá tempo de se inscrever na 12ª edição do "Masturbate-a-Thon", concorridíssima maratona de masturbação que acontece todos os anos em São Francisco, Estados Unidos. Detalhe importante, os concorrentes não precisam se deslocar até lá, podem participar pela internet.

O evento, que acontece no próximo sábado, dia 29, faz parte das comemorações do mês da masturbação. No ano passado, o vencedor foi um japonês, que aguentou, com mão firme, por 09 horas e 58 minutos. Dizem que o herói japonês deve ter saído de um mangá, pois nem com calo nas mãos ele ficou!

Alguém aí disposto a encarar o "Pikatchu"?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Grandes Frases

"Escrever é uma forma socialmente aceitavel de ficar nu em público." - Paulo Coelho.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

HQs









Hell Blazer (originou o filme Constantine):

Tirinhas Tirando Onda - II

quarta-feira, 19 de maio de 2010

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - III: do Consumismo ao Consumo Consciente


Em 1997, os “serviços prestados” ao mundo pelos ecossistemas foram avaliados em, no mínimo, 55 trilhões de Reais por ano. O cálculo, feito pelo Economista Robert Costanza e sua equipe, demonstra que o valor do capital natural é superior ao PIB mundial, da ordem de 29 trilhões de Reais por ano.

Divididos por 6 bilhões de habitantes, esses 55 trilhões significam cerca de 9 mil Reais por pessoa. Até que não sairia caro se levarmos em consideração as atividades vitais exercidas pelos ecossistemas, tais como a regulação das composições atmosférica, climática e aqüífera, a formação dos solos, o tratamento de resíduos, a polinização, a manutenção do hábitat das espécies, a produção de alimentos, de matérias-primas, de recursos energéticos, de entretenimento e de contemplação. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calculou o aporte econômico anual dos mangues e dos recifes de coral em um montante estimado entre 324 mil e 1,5 milhão de Reais/km², dependendo da região. Isso significa que as degradações do meio ambiente, originadas particularmente pelo aquecimento global e que tem sua causa primária no consumismo desenfreado, poderão provocar uma recessão econômica sem precedentes.

Nunca se consumiu tanto como nos últimos trinta anos. Chegamos ao ponto em que consumimos 20% a mais da capacidade de regeneração do planeta. Uma das causas dessa mudança pode ter sido a rapidez com que centenas de milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe média. O nosso Brasil e a Índia são exemplos claros dessa realidade, onde essa imensa quantidade de novos consumidores agora tem muitos desejos e “necessidades” antes comuns das nações mais ricas do planeta, o que tem gerado uma demanda quase insaciável dos recursos naturais.

O comércio global elevou a um novo patamar o apetite de todo o mundo, uma vez que mais pessoas passaram a consumir mais de tudo. Hoje, o mundo em que vivemos está interligado por novos vínculos de comunicação, de trocas e consumo. Claro, não podemos negar que esse intercâmbio internacional melhorou as condições de vida de muita gente, mas também impôs um alto preço ao planeta e a muitos de seus habitantes, onde mais de 1 bilhão de pessoas continuam vivendo numa miséria abjeta. Além disso, o atual padrão de consumo dominante no mundo começa a lançar uma dúvida quanto à sustentabilidade do próprio sistema econômico global: várias das matérias-primas que sustentaram o crescimento estão se exaurindo, aliado à crescente ameaça de devastadoras mudanças climáticas.

Então, por que insistimos em manter esse estilo de vida pautado no consumismo exagerado? A resposta a essa pergunta passa por uma série de questões, como as aqui abordadas, e que são fundamentais para a população despertar para o consumo consciente. Instituições como o Instituto Akatu, a Adbusters, a Novo Olhar Consultoria em Sustentabilidade e tantas outras, que têm um compromisso verdadeiro com a saúde do planeta e a busca por melhores condições de vida da população, possuem um papel fundamental nesta missão de incentivar a mudança de postura das pessoas, onde a (re)educação fará toda a diferença.

As próximas décadas trarão muitos desafios para a humanidade. Seremos obrigados a mudar o nosso estilo de vida, aprendendo a equilibrar o consumo de bens com a conservação dos recursos naturais. Isso tudo, em meio às mudanças climáticas e ao crescimento demográfico neste limitado e maravilhoso planeta que sempre foi o nosso lar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - II: a Necessidade da Mudança


O desenvolvimento sustentável representa uma nova e inevitável revolução cultural e isso requer o envolvimento de todos (governos, instituições públicas e privadas, terceiro setor, população). Mas será que aqueles que detêm o poder no mundo têm plena consciência da obrigatoriedade dessa revolução, ou interesse nela?

Antes de qualquer coisa, a mudança deve ser intelectual, ou seja, no modo de pensar e encarar a realidade. E o primeiro já foi dado: a grande contribuição dos ambientalistas responsáveis foi ter levado ao conhecimento do público a certeza de que a sobrevivência da espécie humana é hoje a principal prioridade, à frente de qualquer outra problemática.

A cultura, atrelada às políticas públicas, tem papel importante nesse processo de mudança e, conseqüentemente, na consolidação dos princípios do desenvolvimento sustentável entre os cidadãos, pois há uma tendência – que não consigo compreender o por quê – em deixar a dimensão cultural do desenvolvimento sustentável em segundo plano. Dentro desse contexto, poderíamos incluir também o trabalho do terceiro setor como importante ferramenta para “massificar” a discussão e os problemas ambientais. Um bom exemplo é o sucesso internacional de ‘Uma Verdade Inconveniente’, filme do ex-vice-presidente americano Al Gore, que reflete e acentua a percepção crescente de todos acerca do desequilíbrio ambiental, de suas causas e até mesmo soluções.

A escritora francesa Susan George declarou que “estamos todos a bordo do Titanic, mesmo que alguns viajem de primeira classe”. De fato, vastos setores dos países industrializados e a esmagadora maioria dos habitantes dos países pobres já estão na segunda ou na terceira classes, para não dizer nos porões. Assim, o que será de nós amanhã, com o aquecimento global, a elevação dos oceanos, as tempestades e os furacões, a desertificação, o desmatamento, a extinção de espécies, a erosão dos solos, a escassez de água, as epidemias etc.? E para onde irão as centenas de milhões de homens e mulheres expulsos de sua terra natal? Para onde irão emigrar?

Essas são fontes de um futuro que já ocorre hoje. Um dos principais pontos do confronto entre Israel e Palestina não é a água? E a anunciada carência de petróleo não é um dos motivos que opõem a Rússia aos países ocidentais no Cáucaso e na Ásia Central? O sofrimento em Darfur não advém também do combate pelo controle dos recursos naturais, cada vez mais escassos? Será por acaso que, da Ásia ao Magreb, a Al-Qaeda e suas células buscam arregimentar novos terroristas nas regiões menos favorecidas?

Esse novo paradigma marca uma ruptura no pensamento tradicional. No entanto, as questões ambientais não se sobrepõem às políticas. A destruição progressiva dos nossos recursos naturais resulta da lógica do lucro em curto prazo, posto à frente das reais necessidades humanas. Em longo prazo, a preservação da vida humana implica rupturas radicais na maneira como administramos o planeta, a fim de que o estilo de vida das populações ricas leve em consideração a capacidade de suporte da Terra e os interesses dos bilhões de pobres sem acesso a seus recursos naturais.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pequenas Diferenças







E então, pra você, quem está se divertindo mais?

domingo, 2 de maio de 2010

O Peso da Água nas Costas Erradas


Quinta-feria passada, durante a minha última aula na Pós-Graduação (VIVAAAAA!), uma amiga levantou uma questão bastante oportuna: ela disse que tomou conhecimento da campanha Xixi no Banho, e agora "não sabia mais o que fazer com o xixi"?

Essa campanha, criada no ano passado pela ONG SOS Mata Atlântica, é muito interessante, afinal, cada descarga consome em média 12 litros de água. Fazendo as contas, se cada pessoa "guardar" um xixi para o banho, ao final de um mês terá economizado cerca de 360 litros de água. Mas, voltemos à sala de aula. Essa dúvida da amiga é reflexo da pressão que é feita em cima da sociedade, leia-se cidadãos, para evitar o desperdício e o consumo abusivo deste precioso bem. E será que essa pressão é justa?

Não quero fazer o papel de Advogado do Diabo - até porque, entre um e outro, eu prefiro o Diabo, acho ele mais ético - mas o percentual de água destinado para o uso doméstico é praticamente insignificante, se comparado aos demais, o que não justifica o desperdício, a má distribuição e a superexploração. De toda a água potável disponível no planeta, apenas 8% são destinados para o uso doméstico. A indústria fica com 12% e a agricultura e a pecuária consomem 80% de toda a água utilizada no mundo (principalmente na irrigação). Nada melhor do que alguns exemplos para deixar o cenário ainda mais claro: são necessários 20 litros de água para a produção de 1 litro de cerveja, 1.500 litros de água para se produzir 1kg de trigo e, para 1kg de carne industrializada, são gastos cerca de 10 mil litros (da criação do gado até a chegada do bife na mesa do consumidor).

Eis a minha indignação: não concordo com a forma de abordagem e o tratamento dados à questão da água, com o peso sendo colocado nas costas da população, como se nós fóssemos os únicos, os grandes culpados pelo propagado colapso mundial no fornecimento de água. Claro, todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade e, principalmente, o dever de utilizar esse recurso natural com consciência. Mas essa pressão deve ser feita, de maneira ainda mais forte, junto à indústria e ao agronegócio, pois são os grandes responsáveis pelo desperdício de água, poluição, aquecimento global e todas as suas conseqüências.

Continuem utilizado a água com responsabilidade, economizem, reaproveitem, reutilizem e façam seu xixizinho no banho sem peso na consciência. Só não se permitam sofrer pressão sem fundamento. Vamos pressionar e cobrar uma mudança de postura das indústrias e dos latifundiários do agronegócio. Eles sim, podem, diretamente, evitar o caos. O lobby deles é muito forte junto aos governos, mas nós temos as nossas armas: voto e, principalmente, poder de escolha na hora da compra, boicote a produtos de empresas não-responsáveis. Já tá mais do que na hora de começarmos a usá-las de verdade e com inteligência, não acham?