sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

O Sucesso da Batucada Solidária

Ontem rolou, no Parque da Jaqueira, a 'Batucada Solidária', uma iniciativa para arrecadar donativos às vítimas do incêndio no Pina.

Foi uma manhã muito especial para todos, onde as pessoas deram mais uma prova de solidariedade, compaixão e amor ao próximo. A arrecadação foi muito boa e a batucada muito divertida.

Muito obrigado a todos que fizeram doações e também a todos aqueles que ajudaram das mais variadas formas!

Quem quiser contribuir é só entrar em contato com Tati Teles: tati_teles@hotmail.com (88732797). Nunca é tarde e toda ajuda é bem vinda!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Insônia

Tá difícil dormir essa noite.
Quando tento fechar os olhos, ela surge do nada,
e se atravessa nas minhas pálpebras...

... que remela chata!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

BATUCADA SOLIDÁRIA: vá ao Parque da Jaqueira no sábado, dia 24, e ajude as vítimas do incêndio no Pina.


Olá meus caros!

Acredito que vocês tomaram conhecimento do incêndio no bairro do Pina, ocorrido no início desta semana e que deixou mais de 70 famílias desabrigadas. Felizmente, ninguém perdeu a vida.

Eu e umas amigas estamos organizando a 'Batucada Solidária', para arrecadar donativos às vítimas desse incêndio. Será no Parque da Jaqueira, neste sábado, dia 24/04/10, a partir das 08h da manhã. Essas amigas fazem parte de uma ONG - O INSTITUTO SÓCIO CULTURAL CIRANDA ENCANTADA (I.S.C.C.E), que faz um trabalho muito massa!

Gostaríamos de contar com a ajuda de cada um de vocês para divulgar a 'Batucada Solidária' e também aparecer lá. Estamos convocando os batuqueiros de plantão com seus instrumentos, pois a ação terá a presença de batuqueiros da Nação do Maracatu Porto Rico e Encanto do Pina, ambos da comunidade do Bode, lá no Pina, e também de batuqueiros de outros grupos e Nações, para chamar a atenção da sociedade e mostrar que a nossa cultura popular tem uma função social que vai mais além do entretenimento.

Quem não tiver condições de comparecer ao Parque da Jaqueira neste sábado, pode entrar em contato com Tati Teles (tati_teles@hotmail.com ou 88732797), que fará a coleta das doações em qualquer lugar.

O quê? - BATUCADA SOLIDÁRIA!
Onde? - Parque da Jaqueira.
Quando? - neste sábado, dia 24/04/10, a partir das 08h da manhã.
Por que? - para arrecadar donativos (alimentos, roupas, produtos de higiene, brinquedos etc.) para as vítimas do incêncio no Pina.
Como será a ação? - Vai ser uma manhã de música, alegria e união, onde todos poderão ajudar àquelas pessoas que já não tinham praticamente nada e perderam o nada que tinham.

Agradecemos desde já a atenção e contamos com essa GRANDE ajuda na divulgação, inclusive com a presença de vocês no sábado!

Forte abraço!
Luiz Roberto.

domingo, 18 de abril de 2010

Oi...

O Verdadeiro Tesouro na Botija


Quando eu era pequeno, o meu Avô Materno, Vovô Faraó, sempre me contava a mesma história: a de um tesouro na botija. Segundo ele, era uma história verídica e aconteceu no bairro da Madalena, onde viveu boa parte da sua vida, até a adolescência.

Corria um boato de que o tesouro pertenceu a um patriarca, proprietário do engenho que deu origem ao bairro. E que, desde a sua morte, jamais fora encontrado. O tempo passou, e o bochicho correu solto, até chegar ao ponto em que todos diziam que o tesouro estava enterrado no quintal de um velhinho todo mequetrefi, morador de uma casinha caindo aos pedaços. Ao início de cada mês, o velhinho, que aparentava estar nas últimas, se levantava da cama e saía para receber a aposentadoria. Certo dia, aproveitando a ausência do velhinho, alguns garotos do bairro pularam o muro da casa determinados tirar a história a limpo e, de preferência, encontrar o lendário e desejado tesouro. Após cavarem o quintal quase todo, encontraram, enterrada ao lado de uma imponente pitombeira, uma botija coberta de trapos - na verdade era um antigo baú de madeira, muito bem protegido por uma lapa de cadeado!

Tentaram abri-lo ainda na casa do velhinho, mas o cadeado resistiu bravamente. Então, levaram o baú. Quando, finalmente, venceram o cadeado, descobriram que o baú estava cheio de cartas. Mas não eram cartas comuns, eram cartas de amor que o senhor de engenho recebera da amante ao longo de sua vida. Os garotos, após arremessarem o cadeado pra bem longe, queriam queimar as cartas junto com o baú. Mas um deles achou aquilo tudo muito inusitado e, depois de muita conversa, convenceu os demais a enviarem as cartas ao velhinho, uma por uma, a cada semana.

A partir daí, no início da tarde de toda segunda-feira, o velhinho estava lá, sentado num tamborete em frente à sua casa. Ele já não era mais aquele velhinho todo mequetrefi. Havia rejuvenescido: banho tomado, barba bem feita, cheirando a Lavanda Inglesa e vestido com o seu terno desbotado aguardava, ansiosamente, o carteiro aparecer na esquina para sair em disparada ao seu encontro. O carteiro, que já sabia, trazia a sua carta nas mãos. A emoção do velhinho era tão intensa, que da esquina o carteiro conseguia ouvir as batidas daquele coração cansado, enlouquecido de felicidade por receber na porta de casa uma razão para viver, sob a forma de palavras de amor, palavras de mulher...

Confesso que na época não entendia porque Vovô sempre repetia a mesma história, embora achasse muito engraçada – Vovô era um exímio contador de histórias. Hoje, eu desconfio que ele era um dos garotos, se essa história aconteceu mesmo... Infelizmente, eu não tenho como confirmar nada disso, pois Vovô partiu quando eu tinha apenas dez anos e, só alguns anos depois, eu compreendi o significado dessa história: que o verdadeiro tesouro não reside no dinheiro, nas jóias, nos bens materiais. Claro, são importantes. Mas o Amor, a Compaixão, a Integridade, a Felicidade, a Dignidade, enfim, são o verdadeiro tesouro que enriquece e engrandece a alma.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Literatura Pernambucana – III (JOAQUIM CARDOZO)


Recordações de Tramataia

I

Eu vi nascer as luas fictícias
que fazem surgir no espaço a curva das marés.
Garças brancas voavam sobre os altos mangues
de Tramataia.
Bandos de jandaias passavam sobre os coqueiros
[doidos
de Tramataia.
E havia um desejo de gente na casa de farinha e
[nos mocambos vazios
de Tramataia.
Todavia! Todavia!
Eu gostava de olhar as nuvens grandes, brancas e
[sólidas,
eu tinha o encanto esportivo de nadar e de
[dormir.

II

Se eu morresse agora,
se eu morresse precisamente
neste momento,
duas boas lembranças levaria:
A visão do mar do alto da Misericórdia de Olinda
[ao nascer do verão.
E a saudade de Josefa,
a pequena namorada do meu amigo
[de Tramataia.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Simbioses - II

Tudo o que toca é tocado.
Todo esperador também é esperado.
Não há amante que não seja boca e bocado, devorador e devorado.
Amor, pra valer a pena, tem que ser uma via de mão-dupla.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável - I


O desenvolvimento sustentável é uma postura de progresso contínuo, que demanda um comprometimento sem falhas e uma humildade real, principalmente por parte das empresas. Vale salientar que este último ponto não é, com certeza, o mais fácil para as empresas brasileiras, cujos muitos dirigentes ainda estão impregnados por nossa cultura das elites, onde o “bom” dirigente é aquele que sabe tudo e não erra nunca.

Após estudar o comportamento de empresas dos Estados Unidos e do Brasil, foi possível estabelecer diferenças culturais e suas implicações em termos de gestão, sobretudo em situações de crise, onde o estilo norte-americano é de longe mais eficiente que o nosso. Para melhor visualizar o contexto, imaginemos as empresas dos dois países como mães acompanhando os filhos num parque infantil. Quando uma criança cai, tentando uma nova experiência no escorregador ou no balanço, volta chorando para os braços da mãe. Esta, se for brasileira, na maior parte das vezes, consola o filho dizendo: “Ta vendo? Você ainda é muito pequeno para fazer isso. Fique aqui com a mamãe pra não se machucar. E só volte lá quando estiver maior.” Se for norte-americana, também o consolará, mas com estas palavras: “Não faz mal se você caiu. Nós caímos pra aprender a nos levantar. Eu sei que você consegue. Volte lá e tente de novo, dessa vez vai dar tudo certo.”

Eu não sou defensor do “american-way”, mas esse exemplo é uma realidade, e serve para nos lembrar de que não aprendemos em nossa cultura ou em nosso sistema educacional as virtudes pedagógicas da derrota e as virtudes experimentais do erro, com raríssimas exceções. Além disso, prova que boa parcela dos nossos empresários não possui duas características, que na verdade são valores, fundamentais para se alcançar o desenvolvimento sustentável: a humildade e a transparência. À primeira vista, muitos podem questionar a relação entre esses valores e o desenvolvimento sustentável. Mas os relatórios de sustentabilidade, publicados pelas empresas mais avançadas em seus engajamentos sociais e ambientais, sempre trazem declarações de dirigentes reconhecendo seus erros, comprometendo-se a compreender melhor os impactos das suas atividades que ainda controlam mal e mesmo expondo honestamente os dilemas aos quais são confrontados. Afinal, a responsabilidade socioambiental consiste em colaborar com os outros para melhor determinar os desafios, em um diálogo constante com os stakeholders (partes interessadas), em aplicar o princípio da precaução toda vez que os impactos forem incertos e os efeitos irreversíveis e, por fim, em prestar contas regularmente dos avanços realizados na compreensão dos problemas e na elaboração das soluções.

Desse ponto de vista, a via do desenvolvimento sustentável abre perspectivas incríveis de parcerias entre o setor produtivo (as empresas) e o setor não lucrativo (associações ou ONGs ambientais). Há muito pouco tempo, esse tipo de relação era apenas comercial ou de mecenato, a ONG emprestando sua marca a uma campanha em troca de receber apoio financeiro para suas ações. Hoje, as empresas estão se engajando em parcerias e anunciando que esperam ajuda de seu parceiro não lucrativo a fim de melhorar suas práticas e fixar objetivos de progresso. Humildade e transparência: esse é o preço da credibilidade.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Literatura Pernambucana - II (ASCENSO FERREIRA)


Filosofia
(a José Pereira de Araújo - "Doutorzinho de Escada")

Hora de comer, - comer!
Hora de dormir, - dormir!
Hora de vadiar, - vadiar!

Hora de trabalhar?
-Pernas pro ar que ninguem é de ferro!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ONU divulga lista das 10 espécies com maior risco de extinção


Segundo dados das Nações Unidas, uma em cada cinco espécies de animais do planeta está ameaçada de extinção. Com o objetivo de chamar a atenção dos governantes e da população para a necessidade de preservação da vida em nosso Planeta, a ONU lançou recentemente uma campanha elegendo 2010 como o "Ano da Biodiversidade".

Em janeiro desse ano, o World Wildlife Fund (WWF) divulgou uma lista com os principais animais ameaçados de extinção. Apesar de achar que nessa lista deveriam constar também algumas espécies de tubarões vulneráveis e em perigo de extinção, como o grande tubarão-branco, vale a pena repassá-la e refletir sobre o comportamento do ser humano e sua arrogante pretensão de se achar mais evoluído e mais importante do que os outros seres que compartilham o mesmo Planeta.

Fora as causas já bastante conhecidas, como o desmatamento e o aquecimento global, ambos diretamente relacionados com atividades humanas que muitas vezes são inevitáveis, mas que poderiam ser desenvolvidas de forma a não causar tantos impactos ambientais, pode-se perceber que nessa lista existem animais também ameaçados pela inadmissível perseguição para a extração de partes de seu corpo para obtenção de produtos supérfluos, cujos benefícios apregoados não têm nenhuma base científica comprovada.

A ultrapassada e absurda crendice popular de que partes de animais, como o chifre do rinoceronte, o pênis do tigre, as patas de ursos e gorilas ou as barbatanas do tubarão, podem ter propriedades afrodisíacas ou medicinais, em conjunto com a ganância humana, continua sendo uma das grandes incentivadoras da caça e da pesca predatória que ameaçam a existência de diversas espécies. Acompanhe esse triste "Top 10", encabeçado por um dos mais belos animais da natureza:

1º) Tigre: novos levantamentos indicam que existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Hoje, só restam apenas 7% do habitat natural destes animais. O extermínio dos tigres também está ligado à falta de informação. Em muitas partes da Ásia, os tigres são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.

2º) Urso polar: o urso polar se tornou o principal símbolo dos animais que perdem seu habitat natural devido ao aquecimento global. A elevação da temperatura no Ártico é uma das principais ameaças aos ursos, assim como os petroleiros e os derramamentos de óleo na região.

3º) Morsa: os mais novos animais a entrarem para a lista dos ameaçados, as morsas também são diretamente afetadas pelo aquecimento global. Em setembro, 200 morsas foram encontradas mortas nas praias do Alasca. Com o derretimento das geleiras, os animais estão ficando sem comida.

4º) Pinguim de Magalhães: o aquecimento das correntes marítimas tem forçado os pinguins a nadarem cada vez mais longe para achar comida. Não à toa, eles têm aparecido nas praias brasileiras, muitas vezes magros demais ou muito doentes. Das 17espécies de pinguins, 12 já estão ameaçadas pelo aquecimento global.

5º) Tartaruga-gigante: também conhecida tartaruga-de-couro, são um dos maiores répteis do planeta e chegam a pesar 700 quilos. Estimativas mostram que há apenas 2,3 mil fêmeas no Oceano Pacífico, seu habitat natural. O aumento das temperaturas, a pesca e a poluição têm ameaçado sua procriação.

6º) Atum-azul: um dos ingredientes principais do sushi de boa qualidade, o atum encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo está sendo extinto por causa da pesca predatória. Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Segundo o WWF, as pessoas em geral podem ajudar a protegê-los diminuindo seu consumo.

7º) Gorila das montanhas: famosos depois do filme "Nas montanhas dos gorilas", estrelado por Sigourney Weaver, os gorilas podem deixar de existir na próxima década. Existem apenas 720 animais vivendo nas florestas da África, e outros 200 no Parque Nacional de Virunga, a maior área de preservação desta espécie. Em muitas partes da África, os gorilas são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais.

8º) Borboleta monarca: as temperaturas extremas são a principal ameaça destas borboletas, que todo ano cruzam os Estados Unidos em busca do calor mexicano. Elas vivem em florestas de pinheiros, área cada vez mais ameaçada pelo aquecimento global e urbanização crescente.

9º) Rinoceronte de Java: existem apenas 60 destes rinocerontes em seus habitat natural. Como seu chifre é usado na medicina tradicional asiática, os rinocerontes são caçados de forma predatória. A expansão das plantações também tem acabado com as florestas que abrigam a espécie. O Vietnã, país que era um grande habitat dos rinocerontes, abriga apenas 12 animais no momento.

10º) Panda: restam apenas 1,6 mil pandas na natureza, de acordo com o WWF. Eles vivem nas florestas da China, que estão cada vez mais ameaçadas pelo crescimento das cidades chinesas. Existe mais de 20 áreas de proteção ambiental no país para proteger estes animais. Metade dos pandas vive hoje em áreas protegidas ou em zoológicos.

Acabou o BBB. Mas, para muitos, ainda não.


Nessa semana, um fato lamentável se repetiu com freqüência entre muitos dos meus amigos: a indignação deles com o resultado do BBB... Eu não entendo como é que essas pessoas cultas perdem tempo dando audiência a um programa como esse, e o pior, ficarem indignadas? Contestar o resultado não adianta e até ajuda a produção do programa, pois eles querem é isso: que o público fale, se revolte e assim fique ansioso pelo próximo programa que, certamente, terá o resultado que a massa queria - mas é claro que eu não vou conferir!

Esse programa é um completo desserviço à nossa sociedade e uma afronta ao povo brasileiro que, me parece, gosta de ser feito de palhaço. O nosso povo trabalha, e trabalha duro, para conquistar alguma coisa, sobretudo a sua dignidade. Aí, no BBB, são reunidas várias pessoas que, durante um determinado período, ganham tudo (grana, carros, apartamentos etc.) sem fazer nada - a não ser intrigas, fofocas, brigas, e outros comportamentos que mostram todo o lado podre do ser humano. Isso sem falar do perfil cultural e moral dos escolhidos.

Vamo acordar meu povo! Tá mais do que na hora de se preocupar com o que realmente importa, com aquilo que vai trazer benefícios para todos nós. Tá mais do que na hora de seguir bons exemplos, de repercutir ações de pessoas de bem, de pessoas de caráter, de pessoas que se preocupam com o bem-estar dos semelhantes, com a saúde do planeta, enfim. Deixem esse programa imbecil e imbecilizador pra lá, principalmente quem tem filho ou convive com alguma criança.

“Os problemas do mundo não podem ser resolvidos pelos céticos ou pelos cínicos, cujos horizontes se limitam às suas realidades evidentes. Temos necessidade de homens capazes de imaginar o que nunca existiu.” – John F. Kennedy

Eu, particularmente, acho esse pensamento fantástico. E, pra mim, o que nunca existiu foi um mundo onde as pessoas vivam em harmonia, as relações são fundamentadas em valores éticos e não em valores patrimoniais, um mundo onde se respeitem, principalmente, toda e qualquer forma de vida. Esse mundo pode ser utópico para muitos. Mas não é, e também depende da nossa postura (diria até que dependede principalmente da nossa postura), pois temos responsbilidade na sua construção, que passa obrigatoriamente pela educação (formal e pessoal), da prática de valores éticos em cada atitude do nosso dia-a-dia, do exemplo. Coisas que programas como o BBB, definitivamente, não fazem.