terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Europa em crise e Brasil bem na fita! Será?...

A crise econômica ainda atinge em cheio a Europa. A Grécia está praticamente falida, a Espanha registra, desde o ano passado, a maior taxa de desemprego da sua história e a Itália segue mergulhada em uma recessão. A situação está tão delicada que a Alemanha, o país mais rico da União Européia, cogita a possibilidade de abandonar o Euro e voltar a adotar o Marco como moeda. Enquanto isso, o mundo volta as suas atenções para os chamados países emergentes, em especial a China, a Índia, a Rússia e o Brasil. Yes, o nosso Brasil – e o carnaval já passou!

A ONU repetiu ontem a previsão do Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro deste ano, na cidade de Davos (Suíça), de que até 2020 o Brasil estará entre as cinco potências econômicas do mundo. Mas essa previsão tem como parâmetro único o volume do PIB (Produto Interno Bruto), desconsiderando o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ou seja, miséria, desigualdade social, injustiça, tudo continuará... a crescer. É preciso mudar. Não é fácil, pois toda mudança requer uma alteração na ordem das coisas e quem está numa zona de conforto – que costumo chamar de zona vegetativa – não vai querer abrir mão dela.

O Brasil e o mundo vivem uma fase, que se arrasta desde o final da II Guerra Mundial, de ausência de projetos de autonomia, no campo político e social, o que nos impede de sermos responsáveis pela nossa própria construção. Além disso, a grande ausência da humanidade é a sensibilidade. É só observar nas ruas, as pessoas esqueceram o que é sentir – sentir o próximo, sentir a si mesmo, sentir o planeta. E sentir é a chave do conhecer, e conhecer é saber, e saber é poder. O processo de mudança depende de um investimento, seriamente planejado e constantemente monitorado, em educação de qualidade, diferentemente do modelo que temos hoje no nosso país.

Mas não devemos esperar que o governo tome a iniciativa. Cada um de nós deve fazer a sua parte, seja no trabalho ou em casa, buscar informações e divulgá-las, cobrar das autoridades, engajar-se, procurar agir e tentar enxergar o mundo sob um novo olhar, mais holístico e fundamentado em valores nobres que infelizmente estão sendo abandonados pela maioria das pessoas, como a ética, a humildade, a solidariedade, o respeito e o amor.

“Sem liberdade não há verdade, nem virtude.” – Fritz Müller.

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