quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vida e Música


Música e Vida têm mais em comum do que imaginamos: allegreto, cantantte, adágio, ritornello, pausas, ligaduras, prelúdios, armaduras, tons, escalas maiores e menores, ritmos e estilos variados, notas, afinações, fade-in, fade-out, compassos, descompassos...

Quando nascemos recebemos uma Pauta, um Pentagrama em branco. Nele, temos a chance de compor uma nova peça a ser incorporada à nossa Sinfonia, que guarda todas as Partituras escritas nas nossas apresentações nesse palco desvairado chamado Terra. Uns Músicos são abençoados com Ouvido Absoluto. Outros, penam para entrar no ritmo certo e encontrar o tom ideal – como eu... Mas o tempo, neste caso, é parceiro, e acabamos aprendendo a compor e tocar bem.

Muitas vezes, nos deparamos com alguns contratempos, ou com uma síncope que não foi muito bem ensaiada. Então, perdemos o ritmo e saímos do tom. O mesmo acontece quando encontramos umas escalas pouco comuns ou algumas notas oitavadas.

Nestes casos, a grande sacada é não perder a calma e lembrar que a Vida não deve ser tocada como um Dobrado Militar. Já que nos foi entregue uma Pauta em branco, temos total liberdade de improviso. É só usar a criatividade, sensibilidade e deixar vir à tona todos os sentimentos para compor e tocar com paixão, com tesão mesmo, um swingado Jazz, ou um bom Frevo rasgado!

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