Libido. Palavra carregada de sensações e significados. O Aurélio traz duas definições para ela: "instinto e desejo sexual; energia motriz de todos os instintos de vida e da atividade criadora humana." Esta última, ampliada pelo conceito psicanalítico.
É um erro comum restringir a libido ao ato sexual. Ela o engloba. Somos animais libidinosos que, ao longo da nossa evolução, desenvolvemos a capacidade de canalizar a energia libidinal para diversos fins: escrever, pintar, praticar esportes, comer chocolate, trabalhar... e fazer sexo - por prazer e não apenas para procriar, como o restante da fauna.
Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, destacou a importância do erotismo na vida já a partir do nosso nascimento. Para ele, a sexualidade é tudo o que está ligado à obtenção de prazer, e isso é fundamental para a nossa sobrevivência. Logo, escalar uma montanha, saborear um bom vinho, contemplar uma obra de arte, fazer compras... tudo isso é prazeroso. Afinal, o prazer da libido não se resume à satisfação genital, apenas culmina com ela.
Mas nada se compara ao prazer construído e sentido a dois. Os franceses, que ostentam orgulhosamente o título de especialistas na arte de amar, chamam o orgasmo de La Petit Mort - a pequena morte. Um momento instantâneo de morte, relaxamento corporal total. Eles, realmente, entendem do assunto. Essa pequena morte revigora, ressuscita, acalma, felicita, coloca um sorriso no rosto, faz bem ao corpo e à alma...
Então, que morramos felizes, muitas e muitas vezes, até o último dia das nossas vidas. Vive La Petit Mort!
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